História

Séculos XVIII e XIX
Em 1757, na altura das demarcações Pombalinas, já existiam parcelas de vinhas, bem como algumas das Quintas que passariam a fazer parte da Romaneira. Assim, 1757 é apenas o ano do registo oficial da Quinta (feito na altura de tais demarcações decididas pelo Marquês de Pombal), uma vez que as vinhas teriam sido plantadas algumas décadas antes.
O Padre Vilaça Bacelar herdou as terras da Romaneira em 1844 e não passou despercebido a Joseph James Forrester quando criou a sua gravura da Rua Nova dos Ingleses (hoje Rua Infante D. Henrique). O padre está entre as poucas figuras portuguesas residentes no Porto a serem retratadas, obviamente acompanhado por inúmeros ingleses. Curiosamente, a Romaneira tem, desde 2011, o seu escritório comercial nessa mesma rua da cidade do Porto. A Romaneira aparece também no famoso Mapa do Barão de Forrester, datado de 1843, com o nome "Quinta dos Reis". A abundância de rosmaninho dará mais tarde à propriedade o seu nome atual.
Ainda no século XIX, Joaquim de Souza Guimarães (cujas iniciais estão presentes no topo dum portão de uma das casas da Quinta, datada de 1854) teve a glória de ter produzido os vinhos do Porto de 1861 e 1863, que a casa de leilões britânica "Christie's" pôs à venda em 1872. Foi uma clara indicação do prestígio da marca, considerando que foi o primeiro Porto Single Quinta a ser ali leiloado.
São feitas várias referências à propriedade em obras por grandes autores do século XIX, tais como Henry Vizetelly que se dedicou ao estudo do Vinho do Porto. O Visconde de Vila Maior também classifica o vinho da Romaneira como "um dos melhores do Douro, notável pela sua suavidade, corpo e aroma". O mesmo Visconde referiu que a casta Tempranillo foi originalmente importada de Espanha e introduzida pela primeira vez no Douro, na Romaneira, sendo posteriormente denominada Tinta Roriz.
 
Século XX
Em 1942, Arnaldo Dias Monteiro de Barros comprou a Romaneira, integrando várias quintas vizinhas que entretanto adquiriu, o que fez da Romaneira uma propriedade extremamente grande pelos padrões do Douro.
 
SÉCULO XXI
Em 2004, Christian Seely (responsável desde 1993 pelo renascimento de outra propriedade distinta no Douro, a Quinta do Noval) transforma o seu sonho em realidade, reunindo um grupo de investidores para fazer a aquisição da Romaneira, uma propriedade com 412 hectares e mais de 3 quilómetros de frente de rio. Desde essa altura, a Romaneira tem beneficiado de uma renovação, reconstrução e replantação muito extensa.
Em finais de 2012, André Esteves, empresário brasileiro, também apaixonado pela região do Douro, tornou-se o principal acionista da Romaneira, em parceria com Christian Seely. Com os dois sócios a partilhar o mesmo sonho, a Quinta consolidou desde então a sua posição entre os produtores de elite de vinhos e Vinhos do Porto do Douro. A Quinta da Romaneira exprime hoje, após mais de 260 anos de existência, através dos seus vinhos todo o potencial de grandeza do seu terroir histórico. Muitas das parcelas de vinha continuam a ostentar o nome das antigas propriedades pré-filoxéricas que foram originalmente adquiridas para criar a vinha da Romaneira tal como ela existe hoje:  Liceiras, Carrapata, Malhadal, Barca, Bairral e Pulga - a maioria delas classificadas nas demarcações pombalinas de 1757 como produtoras de "Vinho de Feitoria" (a mais alta qualidade na altura - com capacidade de exportação através da "Feitoria Inglesa" do Porto).